De acordo com a pesquisa realizada pela ABStartups e BR Angels, cerca de 49,88% dos novos empreendedores preferem ou buscam por investidores-anjo. Essa preferência tem uma razão muito simples, a busca pelo famoso “know-how”, mais conhecido atualmente como “smart money”.
Novos empreendedores sabem que precisam de investimentos para iniciarem seus projetos, porém, em razão das diversas mudanças que ocorreram no mundo, já perceberam que somente dinheiro não será suficiente para o sucesso de suas empresas. Por isso, é importante ter atenção ao cenário atual para saber qual a melhor estratégia para as suas startups.
É com esse amadurecimento que quase metade das startups brasileiras vem preferindo captar dinheiro via investimento-anjo. Além do apoio financeiro, os investidores-anjo possuem experiência prática de gestão e networking, que são características que dão muito mais peso na hora de decidir pelo tipo de investimento. Associar a imagem do investidor-anjo à imagem da startup gera ainda mais valor ao negócio, o que acaba atraindo ainda mais oportunidades.
O papel do investidor-anjo vai além de ser um mentor para a empresa. A parceria privilegia o background profissional que o investidor possui, como também, aposta na conexão com a rede de contatos desse investidor.
Em resumo, a grande diferença entre o investimento comum e o investimento “smart money” é que, no primeiro, o que importa é o capital investido, ou seja, o investidor não tem nenhum contato direto com a empresa, pois direciona a terceiros o trabalho e a responsabilidade de ajudar as startups que recebem o aporte de capital. Já o investidor “smart money” investe, além de capital, seu tempo e conhecimento, tornando-se um mentor e auxiliando sempre, em prol do desenvolvimento da startup. Ambos os tipos de investidores querem que a startup se desenvolva e ganhe escalabilidade, mas o investidor smart investe muito mais do que só dinheiro.
No ecossistema do empreendedorismo, é importante se criar uma base sólida antes de se alçar a grandes voos. Esse movimento das startups em priorizar o crescimento orgânico da empresa dando maior atenção a fatores que não só o caixa, apesar de fazer com que a expansão seja um pouco mais lenta no início, traz muito mais assertividade e segurança para que empreendedores consigam se manter caminhando dentro desse mercado que está cada vez mais competitivo.
Vale ressaltar que cada startup tem as suas próprias especificidades, e isso deve ser levado em conta na hora da captação de fundos. Não é todo e qualquer investimento que fará da empresa o próximo unicórnio do pedaço, existem estratégias e muito estudo por trás de toda grande gestão.
Por Aline Silva, Advogada.
Fonte: Report-Investimento-2022.pdf
A Techbaum vai participar do Startup Summit 2022.